domingo, 2 de dezembro de 2018

Agora, 27 de novembro de 2018

Militares e civis no governo Bolsonaro

Um dos erros iniciais do governo Lula foi organizar um petistério, um ministério muito centrado em torno do PT e que não refletia a correlação de forças do governismo no Congresso. Esse erro de um ministério fechado pode se repetir agora. Mas, apesar disso, tenho avaliado de maneira positiva as declarações recentes dos militares do governo Bolsonaro. Inclusive as do desastrado general Mourão (1). Majoritariamente, eles me parecem responsáveis, defensores da Constituição de 1988, pragmáticos, com visão estratégica de defesa dos interesses nacionais, sem se deixarem contaminar por fundamentalismos ideológicos. Eles podem vir a ser o poder moderador dentro do governo, tanto contra o extremismo de direita de ministros civis como os olavetes postos na Educação e no Exterior, bem como contra o fundamentalismo de mercado do ministro da Economia. Os militares já se colocaram contra a privatização pura e simples da Petrobras por considerar a empresa ainda estratégica para a nossa economia e em uma área crítica para a segurança nacional (2). Acompanhemos. A charge é da edição de hoje do Agora.

(1) Não é o caso de comprar brigas que não podemos vencer, diz Hamilton Mourão
Vice-presidente eleito defende pragmatismo e cautela em temas como economia e relações com China, Venezuela e Oriente Médio
https://www1.folha.uol.com.br/…/nao-e-o-caso-de-comprar-bri…
(2) Claro que o petróleo deixará de ser usado nas principais economias do mundo talvez em menos de duas décadas, mas poderemos usar a riqueza do pré-sal para investir em fontes de energia limpas e renováveis como propôs Marina em 2014.

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